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Dictionary of literary translators in Brazil


Eclair Antonio Almeida

Profile | Translation excerpts | Bibliography

Eclair Antonion Almeida was born on 4 February 1974 in the northeastern state of Espírito Santo. He graduated in Portuguese Language and Literature from Universidade Federal de Ouro Preto UFOP (1997). He took his Master’s in French Language and Literature at Universidade Federal do Rio de Janeiro, with the dissertation Paródia e discurso artístico em Jacques Prévert [Parody and artistic discourse in Jacques Prévert] (2001). He has a doctorate in French Language and Literature from USP, with a thesis entitled Jacques Prévert e a poética do movimento [Jacques Prévert and the poetics of movement] (2006). He was a substitute Portuguese Language professor on the UFOP Languages Studies course between March 2000 and December 2003.

He began translating in 1996, during a Theory of translation course for the UFOP Language Studies program. Both his Master’s and in particular his Doctorate study stimulated his interest in translating the poetry of Jacques Prévert, Paul Éluard and Robert Desnos into Portuguese. He also translates from Spanish and English.

Since the start of 2006, Eclair A. Almeida Filho has also regularly translated articles on surrealism and the beatnik movement for the e-journal Agulha (www.revista.agulha.nom.br).

At the start of September 2006, Eclair Antonio Almeida Filho published some of his translations of Radovan Ivsic’s poetry in the Translated poetry section of the site http://sibila.com.br

In the September 2006 edition of the Minas Gerais Literary Supplement, he published the translation of Radovan Ivsic’s poem “J’ai rêvé”, together with an article on Ivsic’s poetry.

He currently is translating poems by Pan-American surrealist writers writing in English or French for Floriano Martins’ book O começo da busca. Publication is planned for the first half of 2007 by the publishing house Escrituras.

Entry published on June 26 2005 by:
Narceli Piucco
Marie-Hélène Catherine Torres

Updated in December 13 2010

Translated by

Translation excerpts

Excerpts from "A escritura do Desastre" [L`Écriture du Désastre], by Maurice Blanchot. Translation by Eclair Antônio Almeida. In : Suplemento Literário de MG, junho de 2010, n. 1330.

Le désastre ruine tout en laissant tout en l'état. Il n'atteint pas tel ou tel, " je " ne suis pas sous sa menace. C'est dans la mesure où, épargné, laissé de côté, le désastre me menace qu'il menace en moi ce qui est hors de moi, un autre que moi qui deviens passivement autre. Il n'y a pas atteinte du désastre. Hors d'atteinte est celui qu'il menace, on ne saurait dire si c'est de près ou de loin - l'infini de la menace a d'une certaine manicle rompu toute limite. Nous sommes au bord du désastre sans que nous puissions le situer dans l'avenir : il est plutôt toujours déjà passé, et pourtant nous sommes au bord ou sous la menace, toutes formulations qui impliqueraient l'avenir si le désastre n'était ce qui ne vient pas, ce qui a arrêté toute venue. Penser le désastre (si c'est possible, et ce n'est pas possible dans la mesure où nous pressentons que le désastre est la pensée) c'est n'avoir plus d'avenir pour le penser.

O desastre arruína tudo deixando tudo no estado. Não atinge esse ou aquele, "eu" não estou sob sua ameaça. É na medida em que, poupado, deixado de lado, o desastre me ameaça que ele ameaça em mim o que está fora de mim, um outro que não eu que devém passivamente outro. Não há alcance do desastre. Fora de alcance está aquele que o desastre ameaça, não se saberia dizer se é de perto ou de longe - o infinito da ameaça de uma certa maneira rompeu todo limite. Estamos à beira do desastre sem que possamos situá-lo no porvir: ele é, antes, sempre já passado, e, no entanto, estamos à beira ou sob a ameaça, todas as formulações que implicariam o porvir se o desastre não fosse o que não vem, o que impediu toda vinda. Pensar o desastre (se é possível, e não é possível na medida em que pressentimos que o desastre é o pensamento) é não ter mais porvir para o pensar.

Le désastre est séparé, ce qu'il y a de plus séparé.

O desastre é separado, aquilo que há de mais separado.

Quand le désastre survient, il ne vient pas. Le désastre est son imminence, mais puisque le futur, tel que nous le concevons dans l'ordre du temps vécu, appartient au désastre, le désastre l'a toujours déjà retiré ou dissuadé, il n'y a pas d'avenir pour le désastre, comme il n'y a pas de temps ni d'espace où il s'accomplisse.

Quando o desastre sobrevém, ele não vem. O desastre é sua iminência, mas, pois que o futuro, tal qual o concebemos na ordem do tempo vivido, pertence ao desastre, o desastre sempre já o retirou ou dissuadiu; não há porvir para o desastre, como não há tempo nem espaço em que ele se cumpra.

Bibliography

Published translations

Éluard, Paul. Je t'aime. [Trans: Eclair Antonio Almeida Filho]. Revista Literariedades n. 2.

Graubard, Allan. Doce colar de sóis. [Trans: Eclair Antonio Almeida Filho]. In: O começo da busca 2: O Surrealismo na poesia do continente americano. São Paulo: Escrituras. Forthcoming. (Sweet necklace of suns).

Prévert, Jacques. Complainte de Vincent. [Trans: Eclair Antonio Almeida Filho]. Mariana: Jornal Aldrava, n. 38.

Prévert, Jacques. Various poems. In: Epígrafes e dedicatórias em Jacques Prévert. [Trans: Eclair Antonio Almeida Filho]. Revista LaSalle, 2004.

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